Por que Academia?

Caros amigos,

Desde a Grécia antiga, nos velhos mitos e na Santa Trindade, sabemos que o Ser é amor. E, que,  na tradição originária, epifania da experiência humana, quando nos referimos ao Bem, ao Belo e à Verdade, na realização do nosso destino,  se manifesta a divindade de Eros. No Simpósio de Platão surgem, então, os primeiros contrastes que se revelam ao tema do amor, a própria palavra philo-sophos indica uma espécie de amor: o amor como sabedoria.

Claudio Naranjo na sua ontologia é arco e flecha de muitas lutas e grandes conquistas, desvelando uma nova compreensão do ser, que se encarna em três formas de amor: eros, ágape e philia constitutivos de um ethos originário que, nas peripécias da própria condição humana, ao se manifestar por essa via triunitária, revela um metabolismo do amor. Portanto, ao consagrarmos à dimensão extraordinária do seu pensar, essa nova compreensão do ser, somos também testemunhos do presságio da sua maturidade psicoespiritual, revelado no poema: o paradigma triunitário.

A Academia de Ciências e Artes Contemplativas Claudio Naranjo, surge, então, para impulsionar, livremente, na companhia e no rastro de iluminados mestres, avatares da busca da verdade, o que ao longo do tempo tornou-se para nós uma incansável busca para a sabedoria (σοφία Sophia). E, atualizar de forma integrativa, holística a compreensão dos processos evolutivos da consciência desvelados pelo poema, gerando um novo espírito de comunidade que possa servir e cuidar.

Quem somos nós, nessa genealogia do amor, pode-se dizer que é a única busca desde que nos tornamos seres de linguagem.